quarta-feira, 30 de julho de 2008

Mais um dos meus diálogos preferidos

Apresentação de V a Evey - V de Vingança


V: [Evey pulls out her mace] I can assure you I mean you no harm.

Evey Hammond: Who are you?

V: Who? Who is but the form following the function of what and what I am is a man in a mask.

Evey Hammond: Well I can see that.

V: Of course you can. I'm not questioning your powers of observation I'm merely remarking upon the paradox of asking a masked man who he is.

Evey Hammond: Oh. Right.

V: But on this most auspicious of nights, permit me then, in lieu of the more commonplace sobriquet, to suggest the character of this dramatis persona.

V: Voilà! In view, a humble vaudevillian veteran, cast vicariously as both victim and villain by the vicissitudes of Fate. This visage, no mere veneer of vanity, is a vestige of the vox populi, now vacant, vanished. However, this valorous visitation of a by-gone vexation, stands vivified and has vowed to vanquish these venal and virulent vermin van-guarding vice and vouchsafing the violently vicious and voracious violation of volition.

[carves V into poster on wall]

V: The only verdict is vengeance; a vendetta, held as a votive, not in vain, for the value and veracity of such shall one day vindicate the vigilant and the virtuous.

[giggles]

V: Verily, this vichyssoise of verbiage veers most verbose, so let me simply add that it's my very good honor to meet you and you may call me V.

Evey Hammond: Are you like a crazy person?

V: I am quite sure they will say so. But to whom, might I ask, am I speaking with?

Evey Hammond: I'm Evey.

V: Evey? E-V. Of course you are.

Evey Hammond: What does that mean?

V: It means that I, like God, do not play with dice and I don't believe in coincidences.



Esse foi o tipo de filme que me impressionou do início ao fim. Lembro que ao sair do cinema fiquei pensando longamente a respeito, a mensagem que a história passava, a atuação excelente dos atores (Natalie Portman arrasando como sempre), qual seria a opinião das pessoas sobre, e tudo o mais. Só lamento nunca ter lido os quadrinhos.
E pensar que nesse dia só assisti ao filme porque perdi a sessão do outro que tinha a intenção de ver - e hoje nem lembro qual era, mas quem se importa? -, minha falta de pontualidade pode ter lá sua utilidade, afinal de contas.

domingo, 20 de julho de 2008

Pessoas: produto de nossa imaginação perturbada?


O Universo
Algumas informações para ajudá-lo a viver nele

1. Área: Infinita.
O Guia do Mochileiro das Galáxias oferece a seguinte definição para a palavra "Infinito":
Infinito: Maior que a maior de todas as coisas e um pouco mais que isso. Muito maior que isso, na verdade, realmente fantasticamente imenso, de um tamanho totalmente estonteante, tipo "puxa, isso é realmente grande!". O infinito é tão totalmente grande que, em comparação a ele, a grandeza em si parece ínfima. Gigantesco multiplicado por colossal multiplicado por estonteantemente enorme é o tipo de conceito que estamos tentando passar aqui.

2. Importações: Nenhuma.
É impossível importar coisas para uma área infinita, pois não há exterior de onde importar as coisas.

3. Exportações: Nenhuma.
Vide Importações.

4. População: Nennhuma.
É um fato conhecido que há um número infinito de mundos, simplesmente porque há um espaço infinito para que esses mundos existam. Todavia, nem todos são habitados. Assim, deve haver um número finito de mundos habitados. Qualquer número finito dividido por infinito é tão perto de zero que não faz diferença, de forma que a população de todos os planetas do Universo pode ser considerada igual a zero. Disso podemos deduzir que a população de todo o Universo também é zero, e que quaisquer pessoa que você possa encontrar de vez em quando são meramente produtos de uma imaginação perturbada.

(...)


O Restaurante no Fim do Universo - Douglas Adams
pág 138




Deixando de lado o primeiro impulso de pensar "que viagem!", essa parte da população faz muito sentido não é? As coisas, como sempre, não são o que parecem ser.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Peculiaridades


Todo mundo tem coisas que são peculiares. Mas no caso, a peculiaridade a que me refiro é da personalidade mesmo. Ainda não ta entendendo? Bom, esse post tem o simples objetivo de listar as minhas, porque de vez em quando penso em algumas, e gostaria de vê-las organizadas. Se me achar anormal, aceito sugestões de números para acompanhamento psicológico - desde que você pague as consultas -, e se você tiver dessas coisas e também coragem, pode listar algumas no comentário, seria legal saber das esquisitisses dos outros, pra variar.
Here we go:

- Detesto raspar a sobra da comida do prato para a lixeira. Sabe depois que a pessoa come, e fica aqueles grãos de arroz, pequeninos legumes, aquelas cebolas arrastadas no canto, pois é. Nossa, é nojento! Não tenho bem uma explicação para o nojo, afinal no geral tais restos não são nem cuspidos pela pessoa de volta ao prato, mas de qualquer forma, se eu puder lavar a louça com os restos já no lixo, agradeço e muito.

- Outra coisa agoniante é quando eu entro em um banheiro e olho o tubo de pasta de dente aberto, com a tampa jogada ali por perto. Arrgh, eu quase consigo ver as bactérias do ambiente - que são piores que as existentes em um quarto, por exemplo - felizes da vida, entrando em fila naquela abertura e proliferando ali, no ambiente cremoso da pasta e aguardando o momento da pessoa espremer o tubo para em seguida se alojar na boca dela. Tudo bem, eu sei que nossa boca é cheia de bactérias de qualquer jeito, mas também não é preciso apelar né. Afinal a tampa, ao contrário do cérebro da Carla Perez, tem utilidade.

- Quando estou comendo algo com azeitona, sempre deixo ela por último e num canto. Isso faz com que apareça eventuais indivíduos de olho na verdinha, perguntando se vou querer comê-la. Mas é claro que vou querer, só que gosto de comer azeitona por último ué.

- Fico mastigando a minha língua levemente quando estou bastante concentrada ou ansiosa com algo. Não se preocupem, não dói, é só um processo salivante compulsivo.

- Tenho uma memória incrível pra jingles de comerciais. Gravo e canto as musiquinhas em pouquíssimo tempo, para a infelicidade das pessoas que convivem comigo.

- Não sei assobiar, não sei fazer bola de chiclete.

- Me sinto bastante confortável ao sentar com os dois primeiros dedos do pé dobrados um por cima do outro no chão. Nunca vi ninguém que também fizesse isso, e tampouco gostasse. Mas a minha mãe acha isso profundamente agoniante, e manda eu ficar com o pé normal, não sei por que.

- Odeio fechar sombrinha. Abrir pode ser ok, mas seempre na hora de fechar eu acabo me machucando de alguma forma, tem uma parte dela que precisa engatar, o que não acontece, então eu fico um tempo meio que lutando contra a sombrinha antes de concluir a ação premeditada. Conclusão: é capaz de eu preferir pegar chuva a usar uma.

- Também não gosto de abotoar sandália. Eu sei que isso parece um tanto preguiçoso, mas acredite, eu sou uma pessoa que assume ser completamente preguiçosa, mas sei que a preguiça não se aplica a esse caso. Acontece que eu acho horrível ter que ficar procurando o buraquinho adequado pra abotoar, a ponto de superar o fato de suportar aquela posição super desconfortável que fazemos com a cara abaixada no chão.

Por enquanto é só, quando lembrar de outros edito aqui.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Uncomfortable Silences


MIA
Don't you hate that?

VINCENT
What?

MIA
Uncomfortable silences. Why do we
feel it's necessary to talk about
bullshit in order to be
comfortable?

VINCENT
I don't know.

MIA
That's when you know you found
somebody really special. When you can
just shit the fuck up for a minute,
and comfortably share silence.

VINCENT
I don't think we're there yet. But
don't feel bad, we just met each
other.

(...)



Cara, eu adoro esse diálogo! Quando assisti Pulp Fiction, sem brincadeira, essa foi uma das partes que mais me interessaram.

Acontece que eu sempre tive essa sensação, mas nunca havia parado pra comentar com alguém, e tampouco alguém havia falado a respeito. Acho que é o tipo de coisa que acontece com qualquer um, estar falando com uma certa pessoa até que aquele maldito silêncio aparece e os dois ficam pensando em algo pra ser dito, ou então amaldiçoando a impossibilidade de se levantar na marra e cair fora dali.

Eu devo dizer que no geral a coisa só parte pra esse estado comigo se a outra pessoa for realmente lacônica, porque eu só desisto de tentar manter uma conversa razoável quando vejo que o diálogo está estilo entrevista - eu pergunto, a outra pessoa responde, e morre aí.

Você também pode notar que, como a Mia disse, esse problema não existe com pessoas especiais. Não tem como se sentir desconfortável com seu melhor amigo, por exemplo. O silêncio pode chegar, mas nenhum dos dois vai começar a falar coisas idiotas que não interessam a ambos pelo simples temor de compartilhar um momento sem nada a dizer. Claro que é possível você conhecer alguém a pouco tempo e já conseguir se sentir à vontade com aquela pessoa a ponto de não sentir esse incômodo, mas geralmente pode perceber que o relacionamento de vocês - seja de amizade ou de que espécie for - só tende a evoluir, já que existe uma identificação mútua.

De qualquer forma, a cena seguinte mostra ela e o Vincent participando de um concurso de dança, e é bem legal também. Se John Travolta sozinho já rouba a cena, imagine John e Uma Thurman!

links:
vídeo do diálogo Uncomfortable Silence:
http://www.youtube.com/watch?v=KnVX-uv-QPc&feature=related

vídeo da dança:
http://www.youtube.com/watch?v=mVzj2lb98WE

terça-feira, 1 de julho de 2008

Perguntas aleatórias



Vou começar o post de hoje registrando o meu aniversário, que na verdade foi ontem.

18 anos agora, uma idade que indica o aumento da probabilidade de responsabilidades à vista. Claro, também pode ser mera impressão, ainda mais tendo em mente que levando uma vida razoavelmente fora da criminalidade, não preciso me preocupar com a possibilidade de ir para a prisão ou algo desse tipo. Pelo contrário, posso voltar minha atenção para o lado interessante que esse um ano de vida a mais pode oferecer, que é a chance de aprender a dirigir o quanto antes e tirar minha carteira de motorista, além de poder sair a noite sem precisar fazer identidade falsificada - que nunca precisei porque enfim, não sou muito de sair pra "balada" mesmo haha -, e entrar nos filmes sanguinários como SAW já que da última vez fui barrada devido a faixa etária, o que só me fez ter que aguardar um pouco mais pelo dvd. E ainda no quesito filmes, não, não to pensando em alugar filmes pornôs, antes que apareça algum lembrete desse tipo.

Enfim, in the end, não ocorreu nenhuma mudança drástica desde o dia 29 até o dia 30 de junho, mesmo que as pessoas insistam em perguntar "e então como está se sentindo agora que está mais velha?". Isso me faz pensar nesse estilo de perguntas que são feitas por pura tradição, afinal a resposta já é evidente ou então vamos admitir que o outro nem liga para o que você responde.
Aqui vão algumas:

1- Duas pessoas conhecidas - nessa categoria você pode incluir vizinhos, por exemplo - vem caminhando em direções opostas até que passam uma pela outra. Elas dão um sorriso e lançam o "oi, e aí tudo bom?" mas seguem o caminho sem esperar a resposta. Muitas vezes o "oi tudo bem?" é lançado pelas duas pessoas e ambas vão em frente sem querer ouvir o que o outro tem a dizer. Porque no fim das contas conhecidos não se importam se você está com dor de dente ou qualquer aflição que seja, eles tem mais o que fazer. Moral da história: o "tudo bem" serve apenas para produzir um efeito inconsciente em um determinado espaço existente no cérebro de cada ser humano, que quer atenção e gosta de pensar que todos se importam com ele, ainda que a realidade seja apenas a utilização pelo outro de uma das frases ensinadas no manual-do-bom-convívio-social.

2- Dois colegas se encontram. Faz tempos que não se veem, se abraçam e tudo o mais, perguntam como vai a vida, quais as novidades, perguntam pelos colegas-sumidos-em-comum "e a lurdinha cara, tens visto?", "po, e o tonhão, ouvi dizer que vai ser pai!", etc Depois, ao se despedirem, trocam telefones e vem com a clássica "precisamos combinar de sair!". Essa clássica possui variantes do tipo "temos que reunir a turma!", "vamos marcar de sair qualquer dia desses hein!", o que é imediatamente seguido pela resposta "claro, vamos mesmo!". Só que essa saída fica pra próxima reencarnação, ou - vamos evitar essa alternativa - pro enterro mesmo. Não duvido que os dois queiram se ver, mas existe uma comodidade que impede as pessoas de agendar coisas, incrível. Então a verdade é a seguinte: as pessoas só vão sair se falarem "pois é, nunca mais saímos, que tal irmos pra tal lugar nesse fim de semana". Ou seja, não diga vamos sair QUALQUER DIA, marque logo uma data para o encontro porque assim tem mil vezes mais chance de dar certo. A não ser, claro, que você realmente não queira mais ver a pessoa.

3- Pessoas no MSN ou Orkut da vida.
Fulano diz:
oi tudo bem?
Ciclana diz:
tudo e ctgo?
Fulano diz:
tudo tbm.. e aí, news?
Ciclana diz:
não e vc?
Fulano diz:
não tbm...

Sério, essa história de perguntar quais as novidades não é uma idéia legal. Tirando raras exceções, NINGUÉM responde que tem novidades, e o que é pior, isso parece anunciar o fim iminente da conversa, e tal silêncio só poderá ser salvo se um dos dois resolver mandar um video do YouTube pro outro assistir. Não adianta perguntar pelas novidades porque as pessoas nunca vão achar que aconteceu algo surpreendente na vida delas a ponto de ser taxado como novidade. Normalmente todos levam uma vida comum, ninguém tem uma identidade secreta e na verdade é o Spider Man que leva a vida salvando pessoas de incêndio e impedindo grandes assaltos. Nós, pobres seres sem super-poderes vamos falar o que? "nossa, comprei um pacote de biscoitos deliciosos, nunca tinha experimentado desses antes!". E como ninguém quer passar por alguém que vê o pacote de biscoitos como a novidade mais legal digna de ser comentada do seu dia, prefere falar que não tem nada de novo a dizer. Enfim, a dica é: não pergunte pelas news, vá contando o que tiver que contar de uma vez, isso deixa tudo muito mais natural.

E por aí vai. A lista segue em frente, mas o sono pós-almoço é maior que a disposição de postar em um blog que nem recebe tantas visitas assim. Agora com licença que eu vou bem ali ler o tijolo da Biografia dos Beatles, pelo Bob Spitz.
Ah, e se quiser, pode deixar um comentário aqui, eu sei que a letra não é muito visível mas está logo abaixo dos posts, não custa nada vai. (: