quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal !



O natal sempre será a minha data favorita do ano. Se você não é católico, acha que é um golpe do capitalismo, considera uma data triste ou o que for, eu aceito. Mas vamos concordar que um dia em que a maioria das pessoas se confraternizam para desejar dias melhores e o bem de todos, não pode ser algo ruim. Nesse caso, aproveite. ;)

Felicidades, saúde, paz, realizações e amor a todos! :)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Para quem você pediria um autógrafo?


Muita gente pede autógrafo para qualquer figura que já tenha tido seus 5 minutos de fama. De repente, percebi que não é o meu caso. Então resolvi fazer uma lista de quem de fato eu gostaria de ganhar um autógrafo. Se depois lembrar de mais alguém, volto para editar.

* Pessoas vivas:

- Paul McCartney
- Ringo Starr
- David Gilmour
- Roger Waters
- Liam/Noel Gallagher
- Ewan McGregor
- Natalie Portman
- Bernard Cornwell
- JK Rowling
- Bob Dylan
- Ian Anderson
- Wagner Moura
- Luis Fernando Verissimo
- Carl Barât
- Pete Doherty
- Charlie Kaufman

* Pessoas mortas:

- John Lennon
- George Harrison
- JRR Tolkien
- Elvis Presley
- Brian Epstein
- Keith Moon

* Personagens:

- Rei Arthur
- Bela
- Ariel, a Pequena Sereia
- Shoran Li
- Kevin French
- Stewie Griffin
- Homer Simpson
- Doug Funnie
- Seu Madruga
- V
- Calvin
- L
- Cebolinha
- Mestre Gato

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Turma da Mônica Jovem

Era uma vez, quatro crianças habitantes do bairro do Limoeiro: Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão. Elas eram amigas, tinham personalidade própria, e participavam de divertidas estórias que embalaram a infância de muita gente, incluindo a minha. Pois bem, sabemos que tais personagens ainda existem, embora os verbos da frase anterior estivessem no passado. A diferença é que a turminha está passando por mundanças - e que mudanças! - esses tempos.

Eu ainda lembro dos eternos aniversários de 7 anos da Mônica, e imagine o susto que levei quando soube hoje que o Maurício de Sousa lançou a Turma da Mônica Jovem, que mostra os personagens adolescentes. Ok, eu posso estar desatualizada, já que de acordo constatei, esse lançamento foi na Bienal do Livro de São Paulo, em agosto. Por isso mesmo vai ser fácil entender que não sei nem dizer se as edições já estão disponíveis nas bancas de Belém, mas verificarei o mais breve possível. Sendo mais exata, nessa quinta.

Ao tomar conhecimento do fato, minha primeira reação foi de curiosidade. Então... Google it! e pimba, olhei as imagens e devo dizer que não foram bem como eu imaginava. Sabe a Tina, Rolo e cia? Pois é, pensava que seria naquele estilo. Estava enganada.

Vamos lá, o ANTES:

E o DEPOIS:


Mas além do estilo de desenho, que adotou traços muito semelhantes aos famosos mangás, há também as mudanças de comportamento em cada um. De acordo com o próprio site da Panini (www.assinepanini.com/turmadamonicajovem), veja eles estão:

- Mônica: Não é mais aquela menininha de vestidinho vermelho que corria atrás dos garotos com um coelhinho. Na verdade, seu guarda-roupa mudou muito, ainda que continue uma predileção pelo vermelho. Ainda é um pouco dentucinha, mas deixou de ser baixinha e gorducha faz muito tempo. Uma coisa que não mudou desde que era pequena: é sua amizade com a turma e seu gênio forte... Aliás, vai ver é por isso que ainda é líder dessa turma, ou melhor, "galera" (notem os perceptíveis contornos de Malhação que isso está adquirindo).

- Magali: Continua magrinha como sempre foi, porém essa fase de crescimento só aumentou o seu apetite. No entanto agora ela cuida mais do seu corpo e se preocupa mais com a qualidade de seu alimentação, praticando esportes aeróbicos, queimando calorias e se alimentando à base de uma dieta saudável (UMA RODADA DE SUCO PRA GALERA!! à vista). Magali continua aquela menina meiga e carinhosa e é claro: apaixonada por gatos.

- Cebolinha: Agora a turma o chama (a pedidos) de Cebola, e não tem mais cinco fios. Agora ele tem uma vasta cabeleira, mas que mantém o formato original de antigamente. Deve ser algo genético (alto lá, só se for alguma espécie de calvície reversa, pois onde já se viu um menino num período de 10 anos mais ou menos duplicar a quantidade de cabelo desse jeito? E eu lembro muito bem do Seu Cebola, ele só tinha 5 fios). Hoje em dia não troca mais os "erres" pelos "eles" desde que tratou a sua dislalia com uma fonoaudióloga, mas quando está nervoso acaba dando pequenos "escolegões". Conquistar a rua? Não, é pouco, Cebola agora quer conquistar o mundo com suas idéias de uma geração pronta para o futuro (disque ele cria um site até: cebola.com.br).

- Cascão: Embora continue não gostando da idéia, agora toma banho de vez em quando (WHAT THE HELL?? CASCÃO + BANHO = IMPOSSIBLE). Também, não dá pra praticar tantos esportes radicais como skate, Montain Bike e ficar sem suar... Imagina sem banho? A turma foi fazendo sua cabeça, e com o tempo ele adotou esse costume "bizarro" que toda humanidade tem chamado de "banho". Continua um garoto inteligente, criativo e muito bagunceiro. Sua mãe que o diga, pois não consegue deixar seu quarto em ordem.

Mas oquequéisso?? Pode me chamar de conservadora ou o que for, mas não curti essa novidade. Eu entendo que po, se eles cresceram é natural que algumas coisas fiquem diferentes, mas o que senti é que a identidade de cada um deles foi meio que destruída. Mônica toda gostosona, como assim não vai mais poder ser chamada de baixinha e gorducha?? Muito triste. Magali cuja marca foi sempre comer feito um avestruz, agora toda controladinha, vai dispensar cachorro-quente com catchup porque não faz bem para a saúde? Cebolinha perdeu o charme de falar "elado", não é mais semi-careca, e não tem mais como implicar com a Mônica. Cascão que protagonizou memoráveis estorinhas de fuga do banho, agora se rendeu às influências...?

Ta achando muito? Não acabou. O Louco virou professor (será que só eu vi um certo humor nisso?), o Capitão Feio tem cavanhaque e adotou o nome Poeira Negra, enquanto que o Anjinho se tornou... Céuboy. CÉUBOY! Putz, eu podia viver sem essa.

Nada de muros riscados, isso não é legal. Brincar no lixão também não é um exemplo bacana. Chico Bento não vai mais falar o caipirês. Assuntos como sexo e drogas estão previstos como temas a serem abordados, mas claro, sempre com bom-senso, como em uma conversa "de pai pra filho", nas palavras do Maurício de Sousa. Fontes afirmam que o tom do gibi é pura Malhação, somado com clichês de desenhos japoneses.

Da pra notar também momentos muito curiosos, como quando o pai do Cascão reclama da demora do garoto no banheiro, e quando este sai, toca na mão do pai, que se assusta por ter ficado com a gosma (!) presente nos dedos do filho. Cascão diz que é apenas gel de cabelos. Aham, olha a gota indicando a situação "sem-graça" na cabeça do pai.


Em outro episódio, Cebolinha (ou melhor, Cebola), sem querer cai em cima da Mônica, com as mãos nas cochas dela. Não satisfeito, ainda da uma olhada nos peitos. Esbravejando de um jeito que me lembrou um pouco a Naru de Love Hina, ela grita, enquanto ele responde que estava olhando os seus "dentes", que cresceram.


Mas palma palma, não priemos cânico. Os gibis normais da turminha vão continuar sendo publicados, esse será um "extra", uma opção alternativa para o público teen, ou pré-teen, digamos. Talvez você tenha soltado um suspiro de alívio e se perguntar então por que diabos fiz esse escândalo todo. Ok, você pode até ter gostado, pode até discordar, pode achar que o que abunda não prejudica, ou o que for, mas eu considero que sim, isso não deixa de ser uma ruptura. Dispensável, devo acrescentar.

Por sorte mantenho minha imensa caixa de gibis da Turma da Mônica intacta, de forma que independentemente dos rumos que essa "turminha" tomar, minhas lembranças de infância não serão maculadas. E viva os planos infalíveis do Cebolinha, os "tecos" que a Magali sempre pedia, o cheirinho fedido do Cascâo, e as pancadas que a Mônica distribuía em defesa do Sansão.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sorte?



Sorte de hoje: Pratique exercícios hoje

É, você sabe que as coisas estão fugindo do controle quando até um site de relacionamentos começa a notar que você está fora de forma.

O orkut precisa de incentivos desse tipo devido à imensa quantidade de fatores que atuam exatamente em efeito contrário sobre as pessoas.
Os meios de comunicação são dominados por pessoas de corpo escultural; a sua mãe resolve chegar em casa com sorvete de flocos bem no dia em que você planejava comer uma fatia de mamão na sobremesa; você sabe que se fosse pobre e a sua oportunidade de sair das ruas dependesse de práticas esportivas estaria condenado; a partir do momento em que se faz a matrícula em academia, tudo conspira pra impedir a pessoa de ir: chove, aparece dor de cabeça, dor de barriga, dor no cotovelo esquerdo, trabalhos e provas de faculdade constantes, eventos, etc; a dieta já está toda pronta até que, opa! é junho (festa junina = mingau, bolo de macaxeira, vatapá), e depois outubro (círio de nazaré = maniçoba, pato no tucupi, bacalhau, creme de cupuaçu), em seguida dezembro (natal = toda a sorte de comidas com efeito bufante que sua família puder conseguir) e nos meses seguintes sempre da pra esperar algum aniversário (os de criança são os mais perigosos), casamentos, enfim.

Fora isso há a própria injustiça da natureza, que definiu que pizza engorda 10kg e alface não engorda nada. E que gordura deve ter relação inversamente proporcional ao que ocorre com o dinheiro, já que este é duro de ganhar e fácil de gastar, mas a gordura...

Fato, você tem duas opções:
1- Morra gordo e feliz. Opte por praticar exercícios prazerosos, como levantamento de ovomaltine. bônus: suor nível zero, o Bob's tem ar condicionado.
2- Siga a sua "sorte de hoje" e enfrente o que for até o caminho da sua academia. Mas leve a velha espingarda do seu avô por precaução, afinal, não da pra prever o que vai se encontrar tentando barrar o caminho. Manadas de capivaras e pombos mutantes estão valendo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Interpretação de placas

A variedade de placas é uma coisa impressionante, e a maiorida das pessoas não faz idéia do seu significado real. Some isso a alguns desenhos engraçados que elas mostram, e pronto, crie sua própria interpretação!



Não ofereça ecstasy a Thundercat.


Trenzinho de rumba para maiores de 65 anos.


Não alimente o bebê-verociraptor com um pedaço de dedo.


Proibido engravidar de um patinho de borracha.


Run, Superman !


Proibido dançar Bee Gees.


Ataque o ângulo reto com fúria coreana.


Proibido discurso de bebê-alienígena.


Não ande. Área para suicídio de ciclistas.


Use o aspirador para o transporte de homens-cadeira.


Para dores nos rins, dance como Village People.


Plataforma de ataque da fita cassete gigante.


Ao ser engolido por um alvo rolante, leia um livro.


Proibido aparecer profeticamente por detrás do vale.


Desça acompanhado por sua chama de estimação.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quando o amor vacila



Eu sei que atrás deste universo de aparências,
das diferenças todas,
a esperança é preservada.

Nas xícaras sujas de ontem
o café de cada manhã é servido.
Mas existe uma palavra que não suporto ouvir,
e dela não me conformo.

Eu acredito em tudo,
mas eu quero você agora.

Eu te amo pelas tuas faltas,
pelo teu corpo marcado,
pelas tuas cicatrizes,
pelas tuas loucuras todas, minha vida.

Eu amo as tuas mãos,
mesmo que por causa delas
eu não saiba o que fazer das minhas.

Amo teu jogo triste.

As tuas roupas sujas
é aqui em casa que eu lavo.

Eu amo a tua alegria.

Mesmo fora de si,
eu te amo pela tua essência.
Até pelo que você poderia ter sido,
se a maré das circunstâncias
não tivesse te banhado
nas águas do equívoco.

Eu te amo nas horas infernais
e na vida sem tempo, quando,
sozinha, bordo mais uma toalha
de fim de semana.

Eu te amo pelas crianças e futuras rugas.

Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas
e pelos teus sonhos inúteis.

Amo teu sistema de vida e morte.

Eu te amo pelo que se repete
e que nunca é igual.

Eu te amo pelas tuas entradas,
saídas e bandeiras.

Eu te amo desde os teus pés
até o que te escapa.

Eu te amo de alma para alma.
E mais que as palavras,
ainda que seja através delas
que eu me defenda,
quando digo que te amo
mais que o silêncio dos momentos difíceis,
quando o próprio amor vacila.



Singela homenagem ao meu poema preferido, que embora belo, não possui autor conhecido. Ele expõe a essência do amor, daquele amor que todos desejam, quase ninguém tem, mas todos concordam que deve ser assim. Um sentimento de alma pra alma, que ama o outro não pelo que o agrada, mas pelos pecados, defeitos, pelos hábitos, pela rotina que se acumula, enfim, por todo o conjunto de coisas que somos, ou seremos, e que nos diferencia das outras pessoas, tornando-nos únicos e inconfundíveis.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Padrões

Eu, como a maioria dos brasileiros, possuo um orkut. De forma que se tornou inevitável eu observar certos padrões de perfis que se espalharam, e é muito provável que você possua um deles, ou pelo menos um misto de dois.

Muitas vezes essa coisa de procurar padrões é algo involuntário da minha parte. Por exemplo, geralmente na faculdade eu sento no meu lugar, e depois de um tempo, de forma um tanto inconsciente, começo a contar quantas pessoas na sala estão com a mesma cor de roupa que eu. Logo em seguida, parto para a contagem do número de pessoas com outra cor de roupa, e vou seguindo assim, comparando os números dos resultados mentalmente. Se há uma determinada coloração de roupa que aparece em quantidade expressiva em relação às demais, e se melhor, eu também estou usando essa coloração, sinto uma espécie de satisfação, como se aquilo de forma inevitável gerasse a conclusão de que naquele dia várias pessoas deviam estar acordando com a energia voltada para o uso daquela determinada cor, sabe Deus por que. Do tipo "hoje deve ser o dia da energia verde, a maioria das pessoas se sentem impelidas a usar essa cor, e se não estão usando talvez tenha passado pela cabeça delas usar". Se há um equilíbrio razoável entre os números das cores o sentimento é de uma leve frustração, mas nada perturbador.

Se você está achando isso tudo muito esquisito, eu concordo, mas não se preocupe, não acho que seja contagioso. Devo voltar ao assunto central, de qualquer forma.

Padrão de perfis:

- Perfil Reggae
Nesse perfil você vai encontrar frases/letras de músicas relacionadas ao Bob Marley, a foto da pessoa se possível será na praia, com alguma paisagem, algo bem no clima "estou na paz de Jah". No álbum, serão encontradas fotos com o mar por trás da pessoa, pôr-do-sol, talvez um violão, e você também conseguirá perceber a fitinha reggae com as três cores clássicas no pulso dela. Alguma foto do Bob Marley fumando aqueeeela erva também pode ser muito provavelmente visualizada.

- Perfil Muleki Malandro
Não espere encontrar citações reflexivas ou qualquer coisa profunda no about me desse perfil, ou no perfil por completo. Essa pessoa tem preguiça de se auto descrever, ou de escrever mesmo. O que se vê é mais ou menos assim: "quem sou eu: ahhh num sei... soh kem mi konheci pra ti responde!!!!!! kkkkkkkk" e prossegue "músicas: mtssssss", "filmes: tem um montii heueheue", "cozinhas: comu di tuduh!!! kkk". A pessoa parece gostar de qualquer coisa, o que talvez siginifique que não goste de nada.
A foto do dito cujo deve mostrar uma pessoa de boné, viseira, lenço ou pelo menos um topetinho armado com gel, e deve estar usando de preferência óculos escuros. Na verdade, o padrão das suas fotos em geral, é que ele poderá ser visto na maioria das vezes de regata, e fazendo hang loose. Tal gesto com as mãos será repetido nas fotos em que ele estiver com seus manos, e as únicas variações possíveis são o sinal de positivo, ou ficar de braços cruzados com as mãos no sovaco, pra aparentar estar com os braços mais fortes e ao mesmo tempo fazer aquela expressão veja-como-sou-bad-boy.

- Perfil Incompleto
Esse tipo de perfil não era tão comum nos tempos iniciais do Orkut (é meu filho, eu sou da velha guarda dos membros), mas ultimamente se vê bastante, não sei se por uma verdadeira vontade de se auto preservar das pessoas, que preferem não fornecer informações de qualquer espécie, ou por simples modismo, já que “se todo mundo está apagando tudo do perfil, também vou fazer isso”, da mesma forma que um dia aconteceu com os scraps. Antes havia um desejo maluco de possuir o maior número possível (a ponto de mandarem um só falando o número, exemplo, 2000!, para os outros) e depois todos passaram a apagar.
O resultado é que, nesse perfil, você normalmente só vai encontrar poucas comunidades – nada pessoais, diga-se de passagem-, o e-mail da pessoa, e o país. Mas ainda assim, por algum motivo países exóticos como Zimbábue podem substituir o verdadeiro país de origem da pessoa. Nem sonhe com álbuns e scraps, eles estão no cadeado, sendo que estes últimos podem ser apagados também.

- Perfil Cult
O dono desse perfil não parece gostar de gostar de coisas que a massa populacional gosta. As bandas que citam como preferidas tem nomes estranhos e desconhecidos, os filmes que admiram não costumam ser aqueles já batidos ou que foram lançados não faz tanto tempo, pelo contrário, muitos deles adoram mesmo filmes preto em branco e vão achar fantástico o roteiro e a mensagem contida naquele filme que você uma vez pode ter assistido e achado completamente non-sense.
É bem possível encontrar álbuns só pra homenagear os tais filmes, bandas ou personalidades que essas pessoas admirem. Fora o dedicado às fotos “estilosas”, no geral em preto e branco, que podem ter tirado por aí seja do que for, cascas de maçã sob uma mesa, ambientes meio escuros com uma cadeira no canto, xícaras com capuccino pela metade e alguns cigarros, enfim, eles dizem adorar fotografia, embora dê pra notar que não tanto da convencional. Se houver fotos deles, não será dessas retiradas de sites estilo NaBalada.com.br. Não que eles não saiam nos fins de semana, saem sim, mas tem suas próprias baladas, em seus lugares cults com seus amigos cults.
Esses amigos, aliás, gostam de escrever ou deixar comentários de maneira peculiar, com frases juntas como “beijosmeliga”, “tudoputa”, “solastweek”.

- Perfil Patys/Playboys
Os perfis dessas pessoas parecem querer mostrar como eles são tudo o que há de melhor. Eles tem um número inacreditável de amigos, e você mesmo pode constar como um deles, se entrar no elevador que estiverem e falar “bom dia”. Quando for possível vão não sei como achar seu perfil e dizer “oii falei ctgo no elevador hoje, lembra? estas add ;* “, o que não quer dizer que ele vai te ligar desejando feliz aniversário, na data comemorada.
Comunidades com o título “Tops do Orkut”, “Gatos e gatas – só selecionados!!”, “Não tropeça que a fila anda” , “Solteiro sim, sozinho nunca”, “Baladas e badalados” podem ser identificadas.
Ao contrário dos donos do estilo de perfil citado anteriormente, eles não se importam realmente com músicas ou filmes. Suas músicas preferidas mudam na velocidade do hit parade das rádios, e qualquer coisa é legal se você estiver com a galera e puder dançar pra descolar aquele paquera que estava de olho e os(as) amigos(as) até já fizeram os papos.
Seus álbuns lembram aquela brincadeira do “Onde está o Wally?”, por que sempre tem tanta gente reunida nelas que você tem que reservar um tempo pra procurar o dito cujo.
Os representantes femininos tem cabelos compridos, no geral lisos e muito comumente loiros, unhas grandes, grandes porções de maquiagem no rosto e roupas da moda; os masculinos são malhados, também gostam de roupas “estilosas”, pele bronzeada e por algum motivo usam nas fotos os mesmos símbolos com as mãos citados no caso do perfil Muleki Malandro.

- Perfil Nerd
Os nerds costumam ser pessoas brancas, pois não costumam gostar de pegar sol. Não é que eles tenham algum parentesco com góticos, e sim por que depois de tanto tempo sem ir à praia, sua pele ficou mais sensível aos raios ultravioletas, e além do mais, pra quem passa quase o dia no ar condicionado do quarto, aquele calor fritando a cabeça deve ser quase uma tortura.
No seu pefil, você encontrará links para toda a parafernália relacionada a internet que eles possuem, como blogs, flickr, lastfm, MSN, icq, e até mesmo endereço do fórum que eles participem. *Se você não sabe o que é um fórum, veja a explicação logo abaixo.
Apesar de ter a maior parte do perfil preenchido, esqueça a parte de esportes. Eles não gostam, e preferem pensar que não existem. Alguns, pra disfarçar ainda dizem que curtem ver os outros jogando, somente. Sua maior atividade física consiste em exercitar os dedos no teclado do computador, e às vezes adquirir l.e.r. com o controle do videogame. Alguns tipos deles gostam de xadrez, mas essa característica já não é tão freqüente, o que não significa que ele não saiba citar e recomendar toda espécie de jogos, emuladores* e cd roms.
Por essas e outras se deduz com razão que seu corpo não se insere no padrão mais escultural, sendo ou gordos ou magrelos, só. Assim, não espere que o álbum deles seja dos mais completos, talvez você veja fotos de seriados, Star Wars, e olhe lá.
Seu gosto musical passa pelo rock da época jurássica, alguns inclusive rejeitando músicas atuais. Em livros você encontra invariavelmente Senhor dos Anéis, e algum mangá. Nos filmes há qualquer coisa voltada para ficção científica. Eles usam piadas relacionadas a frases desses filmes, e como a maioria das pessoas não se interessa por robôs que se expressam ou espadas com luz azul, só eles acham graça no que falam.

Se você se identificou, discordou, gostaria de acrescentar características ou opinar qual desses seria o seu tipo de perfil, sinta-se à vontade. Se você se sentiu ofendido de alguma forma, saia daqui. Tenha o bom senso de reparar que procurei tratar todos os perfis de forma democraticamente irônica, e isso não é nenhuma espécie de tese de mestrado. =)

* fórum: ferramenta para páginas de internet destinada a promover debates através de mensagens publicadas abordando uma mesma questão.
* emuladores: se você não sabe o que é desista, por que pra isso também seria preciso explicar aqui o que é software, hardware, processador e enfim, depois de escrever isso tudo não há disposição que persista.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Parabéns, Johnny!


Feliz aniversário Lennon!
Ainda que você não esteja mais entre nós, nunca o esqueceremos. Obrigada por tudo, e por compartilhar conosco seu talento, continuando a influenciar gerações atuais com suas músicas e idéias.

É uma sensação esquisita, sentir saudade de alguém que nunca conhecemos, e que sequer ainda está vivo.

Imagine there's no heaven
it's easy if you try
No hell below us
above us only sky

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Expressões Populares




Todo mundo usa alguma espécie de expressão popular. Esse hábito já se tornou inconsciente a ponto de ninguém parar pra se perguntar o que diabos significa o que está falando ou qual seria a origem daquela frase, se é que há fontes que informem isso. 

Eu só parei pra pensar a respeito quando numa aula de Teoria Geral da Constituição a professora (em meio a um contexto, claro), falou algo sobre determinada coisa vir a se tornar um "samba do crioulo doido".  Soa engraçado, mas depois fiquei pensando sobre as prováveis origens no antigo Brasil colonial, carregado de miscigenação - e preconceito - que ela teria começado a ser utilizada, enfim. 

Outra expressão que lembrei foi "macacos me mordam", que apesar de ser pré-histórica a ponto de não se escutar mais nem nos inéditos filmes da Sessão da Tarde, não tem sentido algum. Por que, ao demonstrar espanto, uma pessoa desejaria ser mordida por macacos? Aliás, eu nem imagino macacos mordendo ninguém, só consigo imaginar eles atirando cocos em nossa cabeça, mas isso talvez seja reflexo do jogo do Mario Kart. Da mesmo forma, não imagino vacas tossindo, e nunca identifiquei a mudança da tonalidade da pele de um burro, quando ele está fugindo. Também não entendo a relação entre gordura e desconhecimento, já que sempre quando alguém não reconhece alguém, diz "nunca vi mais gorda", ora, se a pessoa em questão é um estranho pra você, você nunca a viu mais gorda, nem a viu mais magra e nem mais loira, nunca a viu de jeito nenhum haha, então por que a opção imediata pela palavra gorda, especificamente?

Fato é: comecei uma pesquisa sobre o assunto e encontrei a origem de algumas expressões. Esse tipo de conhecimento inútil é bem legal e você pode dar uma de esperto explicando a alguém quando a pessoa falar algumas das frases, contando numa mesa de bar ou guardando pra si como forma de engrandecimento (?) pessoal. 

1- Casa da Mãe Joana:
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontram em um prostíbulo no Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda. 

[ agora, o porque do "mãe" ninguém sabe...]

2- Conto do Vigário:
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, o conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem. 

3- Ficar a ver navios:
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha do Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios. 

4- Não entender patavinas:
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significava não entender nada. 

5- Chegar de mãos abanando:
Há muito tempo aqui no Brasil era comum exigir que os imigrantes que chegassem para trabalhar nas terras trouxessem suas próprias ferramentas. Caso viessem de mãos vazias, era sinal de que não estavam dispostos ao trabalho. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada.

6- Sem eira nem beira:
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira, significa que a pessoa é pobre, está sem grana. 

7- Encrenca:
Expressão originária dos prostíbulos do Rio de Janeiro que é o português fonético alemão "eine Kranke" e significa "uma doente", que era utilizado para qualificar as prostitutas portadoras de doença venérea. 

8- Onde Judas perdeu as botas:
Existe uma história, não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí a expressão passou a ser utlizada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

9- Jurar de pés juntos:
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, as quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos), e era torturado para nada dizer além da verdade. Até hoje o termo é utlizado para expressar a veracidade de algo que a pessoa diz.

10- Fazer vaquinha:
A expressão tem origem surgiu na década de 20 e tem sua relação de origem com o jogo do bicho e o futebol. Nas décadas de 20 e 30 já que a maioria dos jogadores de futebol não tinha salário, a torcida do time se reunia e arrecadava entre si, um prêmio para ser dado aos jogadores. 
Esses prêmios eram relacionados popularmente com o jogo do bicho. Assim, quando iam arrecadar cinco mil réis, chamavam a bolada de cachorro, pois o prêmio cinco representava o cachorro no jogo do bicho. Como o prêmio máximo do jogo do bicho era vinte e cinco mil réis, e isso representava a vaca, surgiu o termo popular "fazer uma vaquinha", ou seja, tentar reunir o máximo de dinheiro possível para um fim específico. 


Quem lembrar de outras expressões e tiver teorias (mesmo que próprias) para explica-las, pode deixar nos comentários.   o/



terça-feira, 16 de setembro de 2008

RIP Richard Wright




Para quem não soube, ontem foi um dia de grande perda para o cenário musical. Richard Wright, o tecladista da banda Pink Floyd faleceu, de câncer. Fiquei chocada ao ler a notícia, não imaginava que ele estivesse tão doente assim. Realmente é um acontecimento muito triste, e qualquer pessoa que tenha no mínimo respeito pelo trabalho do Pink Floyd concordará que Richard era elemento fundamental para constituir o som da banda.

O Pink Floyd foi fundado por Roger Waters (baixista), Richard Wright (tecladista) e Nick Mason (baterista), todos estudantes de arquitetura da mesma faculdade, sendo que posteriormente Syd Barrett foi escolhido como guitarrista. Infelizmente Barrett teve sérios problemas com drogas, o que ocasionou na sua saída da banda, sendo substituído por David Gilmour em 1968.

Wright sempre contribuía com canções em cada álbum, e no famoso Dark Side Of The Moon chegou a compor 5 das 10 músicas presentes no disco, entre elas, The Great Gig In The Sky, e Us And Them. Ainda assim, foi expulso da banda durante as gravações do The Wall, resultado de um domínio que Roger Waters estava exercendo desde o álbum Animals, que gerava o afastamento de Wright do processo de criação.

Ele voltou a participar da banda após a saída de Waters, nas gravações de A Momentary Lapse Of Reason, atuando ativamente no The Division Bell, disco posterior, além de lançar albuns solo, como o Broken China.

Rick sempre foi alvo de minha simpatia, já que além de extremamente talentoso, era uma pessoa super simpática e amável. David inclusive comentou sobre o falecimento do amigo em seu blog:

"I'm so sorry to break the sad news that Richard has passed away after a battle with cancer.

I really don't know what to say other than that he was such a lovely, gentle, genuine man and will be missed terribly by so many who loved him.

And that's a lot of people. Did he not get the loudest, longest round of applause at the end of every show in 2006?"

Esse post já rendeu desde ontem 1427 comentários, prova do imenso amor que todos partilhamos com ele.

Apesar de triste com a notícia, penso que nós, fãs, devemos ser fortes nesse momento, e acreditar que Rick agora está bem, e que Syd está fazendo companhia a ele.

" And I am not frightened of dying, any time will do, I don't mind. Why should I be frightened of dying? 

There's no reason for it, you've gotta go sometime." 

Shine On, Richard!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Para os fãs de Lego

Se você é da época em que era divertido brincar de Lego, possuindo até hoje uma admiração saudosista pelos bonequinhos, e ainda curte música, aposto como vai adorar a recriação cover feita de albuns famosos com eles.

Esses foram os que mais gostei:

1. The Strokes - Is This It






2. Belle and Sebastian - Push Barman To Open Old Wounds





3. Kaiser Chiefs - Your Truly, Angry Mob





4. The Beatles - Let It Be





Esse dos Beatles achei particularmente engraçado pela cara dos bonecos, o do John ficou uma cruza de Harry Potter com professora, Paul com cara de bicheiro, Ringo mistura de dono de bar com alguma mulher cabeluda, e George um espadachim francês.

5. The Beatles - Revolver





Detalhe para a cara do Paul, parece menino da campanha de vacinação no interior.

6. Nirvana - Nevermind





7. The Beatles - Please Please Me







Quer ver mais desses? entre nesse link http://www.thetoyzone.com/20-album-covers-recreated-in-lego/ , ao todo são 20 albuns, e não custa nada dar uma olhada. :)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Mais um dos meus diálogos preferidos

Apresentação de V a Evey - V de Vingança


V: [Evey pulls out her mace] I can assure you I mean you no harm.

Evey Hammond: Who are you?

V: Who? Who is but the form following the function of what and what I am is a man in a mask.

Evey Hammond: Well I can see that.

V: Of course you can. I'm not questioning your powers of observation I'm merely remarking upon the paradox of asking a masked man who he is.

Evey Hammond: Oh. Right.

V: But on this most auspicious of nights, permit me then, in lieu of the more commonplace sobriquet, to suggest the character of this dramatis persona.

V: Voilà! In view, a humble vaudevillian veteran, cast vicariously as both victim and villain by the vicissitudes of Fate. This visage, no mere veneer of vanity, is a vestige of the vox populi, now vacant, vanished. However, this valorous visitation of a by-gone vexation, stands vivified and has vowed to vanquish these venal and virulent vermin van-guarding vice and vouchsafing the violently vicious and voracious violation of volition.

[carves V into poster on wall]

V: The only verdict is vengeance; a vendetta, held as a votive, not in vain, for the value and veracity of such shall one day vindicate the vigilant and the virtuous.

[giggles]

V: Verily, this vichyssoise of verbiage veers most verbose, so let me simply add that it's my very good honor to meet you and you may call me V.

Evey Hammond: Are you like a crazy person?

V: I am quite sure they will say so. But to whom, might I ask, am I speaking with?

Evey Hammond: I'm Evey.

V: Evey? E-V. Of course you are.

Evey Hammond: What does that mean?

V: It means that I, like God, do not play with dice and I don't believe in coincidences.



Esse foi o tipo de filme que me impressionou do início ao fim. Lembro que ao sair do cinema fiquei pensando longamente a respeito, a mensagem que a história passava, a atuação excelente dos atores (Natalie Portman arrasando como sempre), qual seria a opinião das pessoas sobre, e tudo o mais. Só lamento nunca ter lido os quadrinhos.
E pensar que nesse dia só assisti ao filme porque perdi a sessão do outro que tinha a intenção de ver - e hoje nem lembro qual era, mas quem se importa? -, minha falta de pontualidade pode ter lá sua utilidade, afinal de contas.

domingo, 20 de julho de 2008

Pessoas: produto de nossa imaginação perturbada?


O Universo
Algumas informações para ajudá-lo a viver nele

1. Área: Infinita.
O Guia do Mochileiro das Galáxias oferece a seguinte definição para a palavra "Infinito":
Infinito: Maior que a maior de todas as coisas e um pouco mais que isso. Muito maior que isso, na verdade, realmente fantasticamente imenso, de um tamanho totalmente estonteante, tipo "puxa, isso é realmente grande!". O infinito é tão totalmente grande que, em comparação a ele, a grandeza em si parece ínfima. Gigantesco multiplicado por colossal multiplicado por estonteantemente enorme é o tipo de conceito que estamos tentando passar aqui.

2. Importações: Nenhuma.
É impossível importar coisas para uma área infinita, pois não há exterior de onde importar as coisas.

3. Exportações: Nenhuma.
Vide Importações.

4. População: Nennhuma.
É um fato conhecido que há um número infinito de mundos, simplesmente porque há um espaço infinito para que esses mundos existam. Todavia, nem todos são habitados. Assim, deve haver um número finito de mundos habitados. Qualquer número finito dividido por infinito é tão perto de zero que não faz diferença, de forma que a população de todos os planetas do Universo pode ser considerada igual a zero. Disso podemos deduzir que a população de todo o Universo também é zero, e que quaisquer pessoa que você possa encontrar de vez em quando são meramente produtos de uma imaginação perturbada.

(...)


O Restaurante no Fim do Universo - Douglas Adams
pág 138




Deixando de lado o primeiro impulso de pensar "que viagem!", essa parte da população faz muito sentido não é? As coisas, como sempre, não são o que parecem ser.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Peculiaridades


Todo mundo tem coisas que são peculiares. Mas no caso, a peculiaridade a que me refiro é da personalidade mesmo. Ainda não ta entendendo? Bom, esse post tem o simples objetivo de listar as minhas, porque de vez em quando penso em algumas, e gostaria de vê-las organizadas. Se me achar anormal, aceito sugestões de números para acompanhamento psicológico - desde que você pague as consultas -, e se você tiver dessas coisas e também coragem, pode listar algumas no comentário, seria legal saber das esquisitisses dos outros, pra variar.
Here we go:

- Detesto raspar a sobra da comida do prato para a lixeira. Sabe depois que a pessoa come, e fica aqueles grãos de arroz, pequeninos legumes, aquelas cebolas arrastadas no canto, pois é. Nossa, é nojento! Não tenho bem uma explicação para o nojo, afinal no geral tais restos não são nem cuspidos pela pessoa de volta ao prato, mas de qualquer forma, se eu puder lavar a louça com os restos já no lixo, agradeço e muito.

- Outra coisa agoniante é quando eu entro em um banheiro e olho o tubo de pasta de dente aberto, com a tampa jogada ali por perto. Arrgh, eu quase consigo ver as bactérias do ambiente - que são piores que as existentes em um quarto, por exemplo - felizes da vida, entrando em fila naquela abertura e proliferando ali, no ambiente cremoso da pasta e aguardando o momento da pessoa espremer o tubo para em seguida se alojar na boca dela. Tudo bem, eu sei que nossa boca é cheia de bactérias de qualquer jeito, mas também não é preciso apelar né. Afinal a tampa, ao contrário do cérebro da Carla Perez, tem utilidade.

- Quando estou comendo algo com azeitona, sempre deixo ela por último e num canto. Isso faz com que apareça eventuais indivíduos de olho na verdinha, perguntando se vou querer comê-la. Mas é claro que vou querer, só que gosto de comer azeitona por último ué.

- Fico mastigando a minha língua levemente quando estou bastante concentrada ou ansiosa com algo. Não se preocupem, não dói, é só um processo salivante compulsivo.

- Tenho uma memória incrível pra jingles de comerciais. Gravo e canto as musiquinhas em pouquíssimo tempo, para a infelicidade das pessoas que convivem comigo.

- Não sei assobiar, não sei fazer bola de chiclete.

- Me sinto bastante confortável ao sentar com os dois primeiros dedos do pé dobrados um por cima do outro no chão. Nunca vi ninguém que também fizesse isso, e tampouco gostasse. Mas a minha mãe acha isso profundamente agoniante, e manda eu ficar com o pé normal, não sei por que.

- Odeio fechar sombrinha. Abrir pode ser ok, mas seempre na hora de fechar eu acabo me machucando de alguma forma, tem uma parte dela que precisa engatar, o que não acontece, então eu fico um tempo meio que lutando contra a sombrinha antes de concluir a ação premeditada. Conclusão: é capaz de eu preferir pegar chuva a usar uma.

- Também não gosto de abotoar sandália. Eu sei que isso parece um tanto preguiçoso, mas acredite, eu sou uma pessoa que assume ser completamente preguiçosa, mas sei que a preguiça não se aplica a esse caso. Acontece que eu acho horrível ter que ficar procurando o buraquinho adequado pra abotoar, a ponto de superar o fato de suportar aquela posição super desconfortável que fazemos com a cara abaixada no chão.

Por enquanto é só, quando lembrar de outros edito aqui.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Uncomfortable Silences


MIA
Don't you hate that?

VINCENT
What?

MIA
Uncomfortable silences. Why do we
feel it's necessary to talk about
bullshit in order to be
comfortable?

VINCENT
I don't know.

MIA
That's when you know you found
somebody really special. When you can
just shit the fuck up for a minute,
and comfortably share silence.

VINCENT
I don't think we're there yet. But
don't feel bad, we just met each
other.

(...)



Cara, eu adoro esse diálogo! Quando assisti Pulp Fiction, sem brincadeira, essa foi uma das partes que mais me interessaram.

Acontece que eu sempre tive essa sensação, mas nunca havia parado pra comentar com alguém, e tampouco alguém havia falado a respeito. Acho que é o tipo de coisa que acontece com qualquer um, estar falando com uma certa pessoa até que aquele maldito silêncio aparece e os dois ficam pensando em algo pra ser dito, ou então amaldiçoando a impossibilidade de se levantar na marra e cair fora dali.

Eu devo dizer que no geral a coisa só parte pra esse estado comigo se a outra pessoa for realmente lacônica, porque eu só desisto de tentar manter uma conversa razoável quando vejo que o diálogo está estilo entrevista - eu pergunto, a outra pessoa responde, e morre aí.

Você também pode notar que, como a Mia disse, esse problema não existe com pessoas especiais. Não tem como se sentir desconfortável com seu melhor amigo, por exemplo. O silêncio pode chegar, mas nenhum dos dois vai começar a falar coisas idiotas que não interessam a ambos pelo simples temor de compartilhar um momento sem nada a dizer. Claro que é possível você conhecer alguém a pouco tempo e já conseguir se sentir à vontade com aquela pessoa a ponto de não sentir esse incômodo, mas geralmente pode perceber que o relacionamento de vocês - seja de amizade ou de que espécie for - só tende a evoluir, já que existe uma identificação mútua.

De qualquer forma, a cena seguinte mostra ela e o Vincent participando de um concurso de dança, e é bem legal também. Se John Travolta sozinho já rouba a cena, imagine John e Uma Thurman!

links:
vídeo do diálogo Uncomfortable Silence:
http://www.youtube.com/watch?v=KnVX-uv-QPc&feature=related

vídeo da dança:
http://www.youtube.com/watch?v=mVzj2lb98WE

terça-feira, 1 de julho de 2008

Perguntas aleatórias



Vou começar o post de hoje registrando o meu aniversário, que na verdade foi ontem.

18 anos agora, uma idade que indica o aumento da probabilidade de responsabilidades à vista. Claro, também pode ser mera impressão, ainda mais tendo em mente que levando uma vida razoavelmente fora da criminalidade, não preciso me preocupar com a possibilidade de ir para a prisão ou algo desse tipo. Pelo contrário, posso voltar minha atenção para o lado interessante que esse um ano de vida a mais pode oferecer, que é a chance de aprender a dirigir o quanto antes e tirar minha carteira de motorista, além de poder sair a noite sem precisar fazer identidade falsificada - que nunca precisei porque enfim, não sou muito de sair pra "balada" mesmo haha -, e entrar nos filmes sanguinários como SAW já que da última vez fui barrada devido a faixa etária, o que só me fez ter que aguardar um pouco mais pelo dvd. E ainda no quesito filmes, não, não to pensando em alugar filmes pornôs, antes que apareça algum lembrete desse tipo.

Enfim, in the end, não ocorreu nenhuma mudança drástica desde o dia 29 até o dia 30 de junho, mesmo que as pessoas insistam em perguntar "e então como está se sentindo agora que está mais velha?". Isso me faz pensar nesse estilo de perguntas que são feitas por pura tradição, afinal a resposta já é evidente ou então vamos admitir que o outro nem liga para o que você responde.
Aqui vão algumas:

1- Duas pessoas conhecidas - nessa categoria você pode incluir vizinhos, por exemplo - vem caminhando em direções opostas até que passam uma pela outra. Elas dão um sorriso e lançam o "oi, e aí tudo bom?" mas seguem o caminho sem esperar a resposta. Muitas vezes o "oi tudo bem?" é lançado pelas duas pessoas e ambas vão em frente sem querer ouvir o que o outro tem a dizer. Porque no fim das contas conhecidos não se importam se você está com dor de dente ou qualquer aflição que seja, eles tem mais o que fazer. Moral da história: o "tudo bem" serve apenas para produzir um efeito inconsciente em um determinado espaço existente no cérebro de cada ser humano, que quer atenção e gosta de pensar que todos se importam com ele, ainda que a realidade seja apenas a utilização pelo outro de uma das frases ensinadas no manual-do-bom-convívio-social.

2- Dois colegas se encontram. Faz tempos que não se veem, se abraçam e tudo o mais, perguntam como vai a vida, quais as novidades, perguntam pelos colegas-sumidos-em-comum "e a lurdinha cara, tens visto?", "po, e o tonhão, ouvi dizer que vai ser pai!", etc Depois, ao se despedirem, trocam telefones e vem com a clássica "precisamos combinar de sair!". Essa clássica possui variantes do tipo "temos que reunir a turma!", "vamos marcar de sair qualquer dia desses hein!", o que é imediatamente seguido pela resposta "claro, vamos mesmo!". Só que essa saída fica pra próxima reencarnação, ou - vamos evitar essa alternativa - pro enterro mesmo. Não duvido que os dois queiram se ver, mas existe uma comodidade que impede as pessoas de agendar coisas, incrível. Então a verdade é a seguinte: as pessoas só vão sair se falarem "pois é, nunca mais saímos, que tal irmos pra tal lugar nesse fim de semana". Ou seja, não diga vamos sair QUALQUER DIA, marque logo uma data para o encontro porque assim tem mil vezes mais chance de dar certo. A não ser, claro, que você realmente não queira mais ver a pessoa.

3- Pessoas no MSN ou Orkut da vida.
Fulano diz:
oi tudo bem?
Ciclana diz:
tudo e ctgo?
Fulano diz:
tudo tbm.. e aí, news?
Ciclana diz:
não e vc?
Fulano diz:
não tbm...

Sério, essa história de perguntar quais as novidades não é uma idéia legal. Tirando raras exceções, NINGUÉM responde que tem novidades, e o que é pior, isso parece anunciar o fim iminente da conversa, e tal silêncio só poderá ser salvo se um dos dois resolver mandar um video do YouTube pro outro assistir. Não adianta perguntar pelas novidades porque as pessoas nunca vão achar que aconteceu algo surpreendente na vida delas a ponto de ser taxado como novidade. Normalmente todos levam uma vida comum, ninguém tem uma identidade secreta e na verdade é o Spider Man que leva a vida salvando pessoas de incêndio e impedindo grandes assaltos. Nós, pobres seres sem super-poderes vamos falar o que? "nossa, comprei um pacote de biscoitos deliciosos, nunca tinha experimentado desses antes!". E como ninguém quer passar por alguém que vê o pacote de biscoitos como a novidade mais legal digna de ser comentada do seu dia, prefere falar que não tem nada de novo a dizer. Enfim, a dica é: não pergunte pelas news, vá contando o que tiver que contar de uma vez, isso deixa tudo muito mais natural.

E por aí vai. A lista segue em frente, mas o sono pós-almoço é maior que a disposição de postar em um blog que nem recebe tantas visitas assim. Agora com licença que eu vou bem ali ler o tijolo da Biografia dos Beatles, pelo Bob Spitz.
Ah, e se quiser, pode deixar um comentário aqui, eu sei que a letra não é muito visível mas está logo abaixo dos posts, não custa nada vai. (:

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Livros que precisam ser lidos



Não sei se acontece com você, mas eu sou uma pessoa que tem a sensação de que a vida não será suficiente pra ler todos os livros que tenho vontade e escutar todas as músicas que gostaria. Parece exagero, mas isso é muito sério, haha. Tudo bem que há aqueles ítens prioritários na sua lista mental, só que de qualquer forma, há uma imensa quantidade de outros que também estão ali - em segundo plano, é verdade, mas estão -, pra não falar dos outros que surgem a todo momento, ou são indicados por outras pessoas.

E agora? A solução seria ficar trancado em casa em uma espécie de overdose musical e literária até uma eventual exclusão do meio social aliada ao desenvolvimento de prováveis amigos imaginários? Não, seria uma idéia um tanto radical e nada saudável.

Por isso, a conclusão que tenho para essa angústia é que só me resta torcer para viver bastante - não sofrendo de mazelas como a surdez e cegueira, de preferência - para conseguir satisfazer pelo menos um terço das minhas vontades. Ok, posso não conseguir escutar/ler todas as bandas/livros que parecem ter a chance de acrescentar algo em minha vida - nem que seja uma opinião divergente -, mas vou levando de modo que possa satisfazer ao menos as vontades da lista prioritária, digamos. No futuro quem sabe eu possa ter minha própria biblioteca, daquela imensa tipo a que a Fera deu para a Bela, já que ela adorava ler, uau!

Meu namorado diz que o problema é que quero muita coisa ao mesmo tempo. E é verdade. A nossa incapacidade de realizar tudo aquilo que temos vontade ou que nos parece atraente de alguma forma é uma frustração e tanto, devo dizer. Isso abrange os mais variados aspectos, mesmo se tratando de filmes, carreira profissional, passeios, ou o que quer que você pense. Caramba, 24h é um tempo muito curto para nos dar a chance de fazer tudo o que é necessário, e a nossa fase ativa da vida já nem é muito extensa, afinal até uma certa idade somos totalmente dependentes dos pais e a partir de outra ficamos de certa forma dependente dos filhos - embora com o avanço da qualidade de vida, essa fase final tem melhorado significativamente, ainda bem!

Anyway, chega de devaneios por hora. Os livros a seguir são os da minha lista prioritária atual, to muito a fim de ler qualquer um deles, o que não significa que eu vá rejeitar algum que você esteja pensando em me dar de presente hehe, novas sugestões também são bem vindas. A lista de bandas ou de qalquer outra coisa será divulgadas nos próximos posts.

  1. Bernard Cornwell:
    • A Busca do Graal
      - O Andarilho
      - O Herege
    • As Crônicas Saxônicas
      - O Último Reino
      - O Cavaleiro da Mort
      - Os Senhores do Norte

  2. J.R.R. Tolkien :
    • Os Filhos De Húrin

  3. Douglas Adams:
    • A Vida, o Universo e Tudo Mais
    • Até Logo, e Obrigado Pelos Peixes
    • Praticamente Inofensiva

  4. José Saramago:
    • Ensaio Sobre a Cegueira
    • Ensaio Sobre a Lucidez

  5. Marion Zimmer Bradley:
    • A Casa da Floresta
    • A Senhora de Avalon
    • A Sacerdotiza de Avalon

  6. Sun Tzu:
    • A Arte da Guerra



quinta-feira, 19 de junho de 2008

Indiferença



"Me espanta que tanta gente sinta - se é que sente - a mesma indiferença."

Os Engenheiros do Hawaii notaram, e eu também, a proporção com que a indiferença vem crescendo. Eu nunca havia parado para analisar a palavra antes, e tinha um conceito interno básico de que, uma pessoa indiferente, seria aquela que não se importasse muito com as coisas. Ela não quer se envolver, ou acha que não vale à pena, então prefere ficar confortavelmente "em cima do muro". Até aí, não há muitos prejuízos.

Porém, parando para pensar com calma a respeito, concluí que o espírito da indiferença pode ser um dos grandes males que afeta a humanidade. E porque? Por que ela aparece no fundo de muitas das atitudes mesquinhas e condenáveis que presenciamos no dia-a-dia.

Vou dar exemplos: uma pessoa que mente, é indiferente ao desejo da outra de não ser enganada; uma pessoa que mata, demonstra indiferença à vida do outro - para ela tanto faz a existência daquele indivíduo. Quando alguém pratica um roubo, evidencia a indiferença sobre o esforço do outro cidadão em ter/comprar o objeto que foi roubado, ou a estima pessoal que confere a este.

Obviamente trato os exemplos acima citados examinando-os sob um ângulo de aspecto geral, excluindo as exceções como a do cara que matou o outro para salvar a sua própria vida em legítima defesa, ou aquele que estava desempregado e no auge do desespero roubou um saco de feijão do mercadinho da esquina para alimentar seus filhos, etc.

Peculiaridades à parte, acho que essa teoria da indiferença faz muito sentido. Só a indiferença proporciona a frieza necessária para queimar florestas sem a preocupação com a destruição da fauna existente no local, ou a morte de animais para a fabricação casacos de pele que alimentam o consumo fútil de madames sustentadas pelo marido rico, ou a poluição de rios que servem como depósito de dejetos das fábricas. Se tudo isso é indiferente na consciência da pessoa, a prática de qualquer dessas ações não causará o mínimo abalo em seu sono.

Alguém pode dizer: na verdade o problema deles é a ambição desmedida na busca pelo dinheiro. Concordo. Mas essa ambição precisa estar de mãos dadas com a indiferença para que de fato todas essas coisas sejam promulgadas. Afinal, todos queremos enriquecer, mas é o fato de não termos uma visão indiferente que gera a busca por esse objetivo de forma sensata, sem a agressão de qualquer forma de vida que seja, direta ou indiretamente.

Continuando a fundamentação, políticos corruptos roubam o dinheiro público pois são indiferentes à sua real função de representantes da sociedade, devendo atuar no sentido de satisfazer seus anseios. Pessoas jogam lixo na rua por que são indiferentes ao estorvo que o acúmulo deste provocará na manutenção de vias públicas decentes, pra não falar na disseminação de doenças. Do mesmo modo, o menino que diz que foi ao colégio mas na verdade está jogando bola, é indiferente à aula do dia.

Enfim, eu apenas quis compartilhar meus pensamentos sobre o assunto, e propor uma análise particular a quem estiver lendo. Nossa civilização passa por sérios problemas e na raiz de muitos deles está a indiferença, essa praga alguém de dar importância a o que quer que esteja além do seu umbigo.

Culpa da sociedade liberal? Do individualismo pregado pelo sistema capitalista? Da natureza humana? Do Lula? Quem pode dizer? O primeiro passo certamente é o reconhecimento da fraqueza. De resto, vai do esforço de cada um.

Eu. Apresentação Inicial.


Beatles. Chocolate. Música. 60's. Pizza. Animais. Computador. Rei Arthur. Senhor dos Anéis. Desenho. Violão. Leitura. Paul McCartney. História. Sinceridade. Medievalismo. Pai. Mãe. Amor. Amigos. Moulin Rouge. Amizade. Perfeccionismo. Dedicação. Preguiça. Roxo. Ironia. Filmes. United Kingdom. Idiomas. Europa. Canceriana. Crítica. Inteligência. Calvin and Harold. Fim de tarde. Insegurança. Opinião. Abraço. Frio. Espada. Hipismo. Cinema. Calça jeans e camiseta. Atrasada. Confiança. Suco de uva. Conversas. Objetivos.